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Empreendedora cria app com conteúdo personalizado para combater burnout em mulheres

Juliana Ventura

2 de mai. de 2023

Ferramenta, desenvolvida pela maranhense Samira Nogueira, tem lançamento previsto para o final do mês

Longe da família e no meio da pandemia. Assim estava a maranhense Samira Nogueira, 32 anos, em 2020, quando fazia um mestrado em estatística da informação em Portugal e teve uma crise de pânico. Tendo de lidar sozinha com a questão agravada pelo isolamento, ela começou a pesquisar terapias que pudessem ajudá-la a passar pelo problema. Foi assim que veio a ideia para a Daya, startup fundada em 2021 com o objetivo combater o burnout em mulheres. A solução está em exposição no estande do Sebrae for Startups, dentro do Web Summit Rio, que acontece até esta quinta-feira (4), no Riocentro.


“Sabemos que o índice de burnout é 25% maior em mulheres do que em homens. Isso acontece tanto pela maneira como somos criadas, com a ideia de que precisamos dar conta de tudo, quanto por influência hormonal”, afirma a empreendedora sobre a proposta. A primeira ideia para a Daya foi um assistente virtual via WhatsApp. Nogueira conta que decidiu pivotar quando viu que a gamificação dava mais resultados.


Incubada por um programa de inovação do governo do Maranhão, ela criou o protótipo — agora já validado — da plataforma da Daya. A solução, prevista para ser lançada no final deste mês, mapeia o comportamento da usuária e propõe conteúdos para ajudá-la a entender as questões pelas quais passa. Os vídeos, “em estilo TikTok”, segundo Nogueira, podem abordar questões como insegurança ou depressão. Conforme a pessoa completa as trilhas, ganha pontos que podem ser trocados por sessões gratuitas de psicoterapia. “Nossa ideia é expandir esses atendimentos para outras áreas ligadas à saúde feminina, como ginecologia e nutrição”, diz a fundadora.


Segundo ela, o maior diferencial não é o visual atrativo ou o fato de que a usuária pode marcar seus sintomas e a frequência deles em um calendário para se manter a par da sua saúde mental. A sacada da Daya é envolver a religião — que, segundo a fundadora, pode ser um entrave para a mulher procurar ajuda. “Entendemos que a religião era uma espécie de concorrente indireto nosso. Então, decidimos incluir isso na ferramenta.


Disponibilizamos orações, salmos e conteúdos de uma série de religiões para que a mulher brasileira se sinta representada. Trazemos reconhecimento. Não queremos mudar essa mulher, queremos ajudar, respeitando a individualidade de cada uma”, diz.


A ideia é que a Daya funcione primeiramente em um modelo B2B2C. Tracionando, Nogueira quer levar o aplicativo ao público. Atualmente, a startup está em busca de investimento seed, com foco em networking e vendas. A meta é ter mil usuárias até o fim do ano e chegar a 10 mil ao final de 2025. A receita vem da venda dos pacotes para empresas, com cobrança de R$ 21,90 por colaborador cadastrado no app.


Matéria completa: https://revistapegn-globo-com.cdn.ampproject.org/c/s/revistapegn.globo.com/google/amp/startups/noticia/2023/05/empreendedora-cria-app-com-conteudo-personalizado-para-combater-burnout-em-mulheres.ghtml

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